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O deserto das flores

Saímos de Ouarzazat e fomos em direção ao rio Dades, no sentido leste, mais ao interior do Marrocos. Um ônibus nos levou para Kelaa onde almoçamos e, na procura por um transporte, um homem nos falou de um lugar onde havia cultivo de rosas. “Um jardim magnífico em um lugar que não é muito turístico”, entendemos no seu espanhol precário. Pegamos um transporte até Tourbist mas não encontramos a tal plantação e voltamos para Kelaa.


Kelaa é reconhecida pela produção de rosas e os produtos cosméticos derivados delas. Com alguns passos vimos muitas lojas vendendo sabonetes, shampoo, óleos, cremes e muitas outras coisas de rosas.


Depois pegamos um transporte até Boumalne onde tomamos um daqueles taxis coletivos até Ait Youl. No caminho até o hotel estranhei um pouco porque o taxista não conhecia o lugar mas logo encontramos o hotel. Chegamos ao Aubergue Des Jardins du Dades e logo que nos acomodamos em nosso quarto fomos recebido com o tradicional chá com menta.


Cansados da viagem demos uma caminhada nas proximidades do hotel. Logo percebemos que estávamos em uma área diferente. O lugar tem uma vista para o que eles chamam de “jardins do Dades” que são plantações às margens do rio. Na outra margens magníficas montanhas dão a impressão de estarmos em outro tempo, outra época.


A simpatia das mulheres que trabalham no hotel e do proprietário nos chamou a atenção e nos sentimos bem. O café da manhã é farto e quando saímos para caminhar elas já queriam saber o que iríamos querer no almoço para deixar tudo encaminhado. A alimentação nota 10.


Saímos para caminhar e vimos paisagens deslumbrantes. Montanhas cortadas pelo rio formam um grande vale onde nas margens há plantações e casas da cor da terra. Ciclistas e pequenos ônibus de transporte passavam de vez em quando. A estrada sinuosa corta a paisagem com suas curvas. Logo chegamos bem pertinho do rio onde vimos flores de cores tão intensas e vibrantes.


Ao contornarmos uma montanha para continuar às margens do rio, um grupo de crianças nos avistou de longe e vieram ao nosso encontro. Eram quatro meninos que começaram a nos conduzir pelos estreitos caminhos daquele lado da montanha. Logo chegamos no rio.


Eles não falavam espanhol tampouco nós falávamos árabe ou francês. Mas a comunicação se estabeleceu. Foi interessante ver como eles andavam cortando as trilhas daquele jardim e como se tratavam. Nos levaram até a estrada onde esperamos uma van que nos levou de volta ao hotel.


Ait Youl é um lugar calmo, sem muitos turistas, típico clima de interior. Gostamos muito de sentar na varanda, em frente do nosso quarto e contemplar a vista. Se tivesse internet no hotel ficaríamos mais tempo por ali.


Na véspera de nossa partida, o dono do hotel nos levou até Boumalne para usarmos a internet. Lá conhecemos Mohamed, um típico berbere, com fala mansa e muitas histórias para contar. Nos colocou em contato com parentes seus em Mezourga, nosso próximo destino. Assim já fizemos nossa reserva no hotel ao lado das dunas do Sahara.


No outro dia fomos para a cidade para pegar o ônibus para Mezourga. Conhecemos a cooperativa organizada por Mohamed com produtos berberes. Esperamos um pouco vendo o movimento da cidade e logo embarcamos para ver as dunas do Sahara.


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Veja mais fotos clicando aqui

As flores do jardim do Dadés

As construções da cor da terra

A vista do nosso quarto

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