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Imersão na cultura Berbere

Durante os dias que ficamos em Ouarzazat conhecemos um restaurante na praça principal onde os atendentes nos chamaram a atenção. Dois irmãos que falam espanhol e muito conversadores. Logo fizemos amizade e conversávamos de tudo. Perguntávamos para eles sobre as coisas no Marrocos e sobre a cultura Berbere. E eles querendo saber da terra Brasil.


As comidas também nos conquistaram. Os tradicionais Tajimes e Couscous dominaram nosso paladar e a cada dia descobríamos novos temperos, novas delícias. Acompanhadas de uma boa conversa em um ambiente familiar.


No terceiro dia que estivemos almoçando com Salah e Youssef, em um domingo, eles nos convidaram para jantar com a família deles um tradicional Couscous berbere. Claro que aceitamos.


Na hora combinada chegamos no restaurante e Youssef, o mais novo, de 23 anos, nos levou até sua casa. Encontramos com suas irmãs no caminho e de imediato identificamos uma amizade. Caminhamos um pouco e logo estávamos em frente da casa de 3 andares onde reside a família. Ele nos explicou que o símbolo Berbere na porta da casa é uma tradição local e sinaliza que ali mora uma família dessa etnia.


Os Berbere são os primeiros moradores dessa região da África. Nativos do Sahara, são um povo pacífico que amam a liberdade. Viram a chegada dos gregos, dos romanos, dos árabes, dos franceses. E continuam ali, no deserto, vivendo e amando a liberdade.


Entramos na residência e nos chamou a atenção os detalhes da decoração. Muitas tapeçarias e almofadas coloridas na sala. Logo fomos conduzidos ao que seria a sala de visitas. Com um sofá que rodeia todo o ambiente e uma grande mesa central redonda com rodinhas. Conhecemos a mãe e as outras irmãs. Youssef e Salah já tinham morado da Espanha trabalhando no país Basco. Um outro irmão deles estuda em Barcelona e estava ali conosco, de férias no Marrocos.


Fomos recebido com o tradicional chá. Eles nos mostraram como se serve. Nos falaram de uma resina vegetal que é usada para fazer mais espuma, o que é muito apreciado. Depois outros aperitivos deliciosos. A irmã mais nova, Zahra, mais faladeira e curiosa, mostrou as renas e ficou fazendo aplicação nas mãos da Lívia. Um desenho lindo e com muitos detalhes. Outra irmã, a Aicha, também conversou muito conosco, sempre com o Youssef como tradutor.


O couscous ficou pronto e foi servido. Um grande prato que ficou ao centro da mesa e todos comiam juntos, dividindo harmoniosamente com muita alegria o mesmo prato. Deliciosa refeição berbere nos fascinou. Todos ao redor da mesa, conversando, aprendendo. Simpatizamos com essa família que nos adotou por algumas horas.


Depois da janta todos nos acompanharam até o lugar onde pegaríamos o taxi para voltar ao hotel. A noite estrelada do deserto foi testemunha da afinidade que esse casal brasileiro e a família berbere marroquina sentiram. Ainda hoje mantemos contato com eles através de email e whatsaap. Nossa vontade é de aprender mais dessa cultura que tanto nos fascinou. Saímos de Ouarzazat com gostinho de quero mais.


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Servindo o chá, um ritual

Família reunida para o jantar

Deliciosos couscous berbere


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