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Misterioso Marrocos - Marraquexe

Chegamos em Marraquexe na noite do dia 13/4 no voo da Ryanair proveniente de Madri. O taxista nos deixou na porta Bad Doukala, da Medina e nos apontou a direção. Logo apareceu um rapaz que conversou com o taxista e nos levou até a porta do hotel Riad Johonboy, que fica em um pequeno beco que dificilmente encontraríamos sozinhos. Mas a hospedagem foi muito boa.


Pela manhã do dia seguinte saímos para nos aventurar pelas ruas estreitas da Medina. Sem mapa nem guia, só com o gps do celular, conseguimos caminhar relativamente tranquilos. Digo relativamente pois éramos abordados a todo momento por homens que queriam nos levar a algum lugar para visitar.


Caminhar pelas apertadas vias da Medina foi como uma viagem no tempo. Muito movimento de pedestres e motos que me lembraram muito das antigas mobiletes, que passavam buzinando para abrir caminho. Sem falar nos pequenos caminhões. Também jumentos e carrinhos de mão. Mas logo nos acostumamos.


Caminhamos e chegamos em uma grande praça onde há uma grande mesquita. Na torre há autofalantes onde se escuta, cinco vezes por dia, a chamada para as orações. Os muçulmanos fazem essas 5 orações todos os dias. Cada mesquita tem a sua chamada. Umas são bem bonitas enquanto outras nos davam medo.


As lado dessa mesquita há um grande parque, com jardins bem cuidados e bancos na sombra. Mas o que mais chamou a atenção foram as rosas. Grande e coloridas estavam por todo o parque.


Durante nossas caminhadas fomos abordados por um homem que falava espanhol e queria nos mostrar o caminho para o curtume onde fazem a coloração, o tingimento do couro. Como ele disse que iria cobrar para nos mostrar, o seguimos. Logo ele apontou a entrada do lugar e nos colocou sob o atendimento de um recepcionista. Logo ele nos deu uns ramos de hortelã e começou o tour. O mau cheiro era tanto que não consegui tirar a hortelã do nariz para fazer alguma foto. Ele nos mostrou todos os processos que os couros são submetidos. Cal, água, sal, colorantes... Depois nos levou em outro lugar onde processo continuava. Aquelas pessoas trabalhando no meio daquele cheiro horrível, um lugar totalmente insalubre, nos deu uma sensação muito ruim. Fiz poucas fotos e assim que pudemos fomos embora.


Na saída o recepcionista nos direcionou para a lojinha da cooperativa onde os produtos feitos com o couro processado nos curtumes eram vendidos. Calçados, roupas, carteiras, bolsas, pufes e uma infinidade de coisas das mais variadas cores. A textura do couro fica muito agradável, macio e sem cheiro algum. Na saída o recepcionista, já depois de uma certa distância, queria nos cobrar 200dhs pelo tour. Achamos muito caro já que não gostamos do lugar.


Um lugar imperdível é a grande praça. Quando a cidade foi a capital do império, lá pelos séculos VI e VII, essa praça era o principal ponto de encontro e de troca de ideias. Hoje é uma grande feira, com os homens tocando música para as cobras, as mulheres fazendo desenho de hennas na mãos, lojas, cafés, gente com vestimentas tradicionais e macacos acorrentados para fazer fotos. E nem pense em fazer uma foto e sair de fininho. Eles vão atrás de ti e cobram os direitos de imagem (hehehe). No entardecer a praça fica uma loucura. Muita música, pessoas de diversas nacionalidades, cheiro de comidas diferentes. Não deixe de provar o suco de laranja vendido nas barraquinhas. O copo custa 4 dhs, cerca de R$ 1,00 e é uma delícia.


Outro lugar que gostamos muito foi o Jardim Majorele. É um espaços de paisagismo que foi projetado pelo artista francês Jacques Majorele. Depois pertenceu a Yves Saint-Laurent, um estilista francês. Uma caminhada por ali vale os 50dhs (dirhans) de entrada. Para visitar o museu dentro do jardim são mais 25 dhs.


Outro lugar que visitamos foi o Jardins de Menara. Fica mais distante da medina e não há muito movimento. Um enorme lago artificial em meio a plantações de oliveiras são um convite ao relaxamento e meditação. Ainda mais com a vista para as montanhas do Atlas.


Gostamos muito de Marraquexe mas queríamos mais do Marrocos. Então seguimos para o sul, em direção às terras Berberes e ao deserto do Sahara.



Veja mais fotos na clicando aqui


As cores e formas do Jardin Majorelle

Os caminhos da medina

Trilhares de braços abertos para a África e para o mundo


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