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Córdoba, a Espanha árabe

Seguimos nossa rota pela Andaluzia e chegamos a Córdoba no dia 23 de março, cidade que foi capital da Espanha árabe na época em que foi ocupada pelos muçulmanos. E a presença deles é muito marcante. Notamos isso logo na chegada.


Seguindo pelo GPS do telefone até o hotel onde ficaríamos hospedados, adentramos no centro histórico e passamos por ruas tão estreitas que não acreditávamos que passaríamos com o carro por ali. Mas passamos.


Chegamos no Hostal Trinidad.


A cidade se revelou tão mística e bela quanto as demais cidades que passamos. Andar pelas ruas estreitas do centro histórico, pelas ruínas e construções antigas, pudemos entender um pouquinho mais da Espanha e das coisas pelas quais esse povo passou.


Um dos lugares que conhecemos foi a Medina Al Zahra, uma cidade construída em 936 dC, pelos califas, que eram autoridades locais. Como Córdoba era uma cidade importante, com seu califa, um outro, que não estava de acordo, construiu outra cidade. E a fez para ser tão esplendorosa quanto a vizinha. Tanto que o significado do nome é ‘cidade resplandecente’.


O palácio, os jardins, as mesquitas, os portões de acesso foram feitos para refletir a glória e poder daquele povo. A cidade durou somente 80 anos e com sua decadência vieram os saques. Hoje há somente ruínas.


O museu vale a visita pois há peças antigas e explicações da arquitetura e da história da cidade e da povoação do local. Assistimos o vídeo que conta a história da construção do lugar e gostamos muito. As exibições acontecem de meia em meia hora. Chegamos ao local de carro e foi bem fácil. Fica a uns 20 minutos do centro histórico de Córdoba. Estacionamos e visitamos o museu com a entrada a € 1. Para chegar nas ruínas da cidade é necessário pegar o ônibus que há no local, com o custo de € 2.


As andanças pelas ruas do centro de Córdoba podem revelar cenários pitorescos desvendando detalhes que sobreviveram aos séculos, aos povos. A ponte romana, as torres, uma caminhada às margens do rio são muito agradáveis e tudo é perto. Um detalhe importante: é difícil estacionar no centro. O hotel cobra € 16 por dia o estacionamento. Mas passando para o outro lado da ponte, uma parte mais moderna da cidade, há vagas nas ruas, e tens de procurar uma vaga.


Uma rua que não pode faltar no roteiro de caminhadas pelo centro é a rua das flores. Uma pequena viela com vasos pendurados nas paredes e muitas flores colorias. E também uma vista para a torre da mesquita. Também é possível conhecer o centro de treinamento de cavalos. O local é aberto para visitação mas os espetáculos com os ‘cavalos dançantes’ acontece em horários pela noite e preços variados. Conseguimos ver uma sessão de treinamento de um dos cavalos e ficamos impressionados com o que eles conseguem fazer.


Uma das coisas mais impressionantes é a mesquita central. É realmente muito grande, com jardim muito bonito com fontes e laranjeiras. A visitação do interior custa € 8 por pessoa. Mas descobrimos que a entrada para a missa, às 10 horas da manhã, é livre. Porém tens de assistir a missa. Depois pudemos passear e conhecer o interior da mesquita que hoje abriga também uma igreja.


Os arcos internos com os detalhes tipicamente árabes junto das decorações católicas nos chamaram a atenção. Ver lado a lado os símbolos muçulmanos com cristãos nos fez refletir de que nesse pedaço de terra muitas histórias aconteceram e, também, muitas ignorâncias e intolerância. Mas também vislumbramos o quanto o ser humano é capaz de fazer coisas belas.


Mais fotos aqui!

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Rua das Flores no centro histórico

Ruínas de Al Zahra

Porta da medina central

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