Pegamos a estrada em direção à Granada em uma manhã nublada de segunda-feira. Alugamos um carro pela internet e retiramos no aeroporto de Jerez de la Frontera. Pegar o carro no aeroporto sai mais barato mas o aluguel de carros na Espanha tem umas pegadinhas que falaremos em outro post.
Saímos e logo começou a chover. Traçamos a rota no gps do celular até o hotel em Granada e chegamos sem problemas. Ficamos no hotel Pensión Atlântida, bem localizado e confortável mas não tinha internet nos quartos. A recepcionista foi muito gentil e nos explicou como chegar em muitos dos locais e restaurantes.
Falando em alimentação lembre-se que Granada é a capital das ‘tapas’, que são pequenas porções de pratos tradicionais. Na cidade, em muitos restaurantes e bares, ao pedir uma bebida é servido junto uma tapa gratuitamente. Isso é muito bom pois não tem custo adicional mas para quem é ‘bom de garfo’ como eu, uma ou duas tapas não substituem uma refeição. O tamanho das tapas variam mas todas que provamos são muito boas.
Quando chegamos na cidade uma coisa impressionante aconteceu. Depois de uns dez dias de chuva na Andaluzia, parou de chover e esboçou um sol com céu azul. Pudemos ver um pouco das ruas antigas, as muralhas de Alhambra e passear pela catedral. Sentimos a atmosfera árabe e medieval mais de perto.
No dia seguinte, tínhamos os bilhetes comprados com antecipação para visitar Alhambra. Esses ingressos atualmente somente são vendidos pela internet no site de Alhambra . Se antecipe pois esse lugar é muito frequentado. Conseguimos comprar para o último horário porque estávamos vendo com 4 dias de antecipação. Nosso ingresso ficou para uma terça-feira, com entrada no parque às 14h e entrada no palácio às 19h.
Subimos pela manhã até o mirante de São Miguel onde se pode ver as muralhas de Alhambra e também tem uma vista bem legal da cidade. Lá em cima tem a Igreja de São Miguel que estava em obras de restauração. Com uns euros a mais pode-se subir no mirante da torre da igreja.
Uma caminhadinha e chegamos na mesquita de Granada onde os jardins nos chamaram a atenção. Esta é a maior mesquita da cidade e realmente bem bonita. Em seguida descemos pelas escadarias históricas, passando pelos banhos árabes e a rua que margeia o rio. Pudemos contemplar a Igreja de Santa Ana, que foi construída em cima de uma mesquita.
Seguimos caminhando e subimos por um via alternativa que fica ao lado da muralha, com vista para a cidade. Chegando na entrada fomos procurar as máquinas para impressão dos tickets vendidos pela internet. Essas máquinas ficam em um cantinho e qualquer trabalhador do local pode indicar a localização. Chegamos com boa antecedência.
Entramos pelo jardins começamos a entender a fama do local. Muitas flores de cores que nunca imaginei. Andamos contemplando as plantas, as fontes, os pequenos e maravilhosos detalhes. Andamos muito. Vá com calçados confortáveis. O tempo não ajudou muito e choveu. Estávamos com jaquetas impermeáveis e também com o guarda-chuva. Outra coisa, se o horário de entrada do parque for distante do horário de entrada no palácio leve um lanche, água, pois só há um local com máquinas de bebidas, café e salgadinhos. E não são baratos.
Próximo do horário de entrada no Palácio Nazires chegamos na fila. Quando entramos ficamos maravilhados. Os detalhes da arte árabe do local nos impressionou. As portas, as janelas, as paredes, as fontes, coisas muito diferentes. O passeio por dentro do palácio não demora muito então desfrutamos de tudo. Paramos para ver, contemplar, sentir toda a beleza que os árabes deixaram na Espanha.
No dia seguinte já deixaríamos Granada e antes de seguir para Córdoba passamos na Sierra Nevada para conhecer. De carro chegamos em cerca de 30 min. E subimos e subimos até tudo ficar branco. Neve pelas árvores e pela estrada. Paramos em um estacionamento e demos uma volta para sentir um pouco mais de frio e fazer fotos. Para nós, brasileiros do litoral, ver neve é sempre uma felicidade.
Mais fotos aqui!
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Jardim da Mesquita
Cores de Alhambra
Fontes ... água sempre presente
Impressionante beleza do Palácio Nazires
Nós e a árvore do amor
