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Jerez de la Frontera: a terra do Flamenco


No final de fevereiro chegamos em Jerez de la Frontera, ao sul da Espanha, na Comunidade Autônoma da Andaluzia. Descemos na estação de trem ao final de uma tarde ensolarada e fria, uma sexta-feira, primeiro dia do festival de flamenco, o que causou um bom congestionamento.


Nos primeiros dias tivemos a impressão de estarmos em uma cidade daquelas de faroeste americano. Poucas pessoas na rua, o vento levando as palhas. Talvez porque ainda não conhecíamos os horários comerciais e também porque bem em frente ao apartamento onde ficamos há um parque muito grande com uma terra de tom amarelado que nos deu essa impressão.


O que nos chamou a atenção de imediato foi a quantidade de laranjeiras carregadas pelas ruas. Nos pareceu que a cidade inteira era um grande pomar. Frutos grandes e bem amarelos caiam pelo chão. E nós, que gostamos de laranjas, logo ficamos de olho. Perguntamos sobre essa peculiaridade e nos disseram que aquelas laranjas não são boas para comer pois são muito azedas. Elas são colhidas por trabalhadores da prefeitura e vendidas para empresas para fazer geleias.


Logo iniciamos os cursos que viemos fazer e começamos a nos acostumar com a dinâmica da cidade e do horário.


A cidade tem alguns locais interessantes. O Alcazar, um palácio herdado das épocas de ocupação árabe fica no centro histórico. As ruas antigas, o Teatro Villamarta (onde acontece os grande shows), as peñas flamencas, os bairros gitanos são muito agradáveis e tem prédios com muitos, muitos anos de história.


Eu gosto de conhecer bibliotecas. Logo na primeira semana fiz a minha carteirinha e virei frequentador da Biblioteca que fica no centro. Um prédio histórico com muitos exemplares antigos e um andar inteiro para ‘assuntos jerezanos’. E internet free.


Os amigos Juan e Gabriela nos deram informações muito importantes e agilizaram algumas coisas fundamentais. Com a empresa deles alugamos bicicletas, o que nos deu muito mais mobilidade e nos poupou muito tempo pelos caminhos da cidade. Também nos levaram a restaurantes para conhecer pratos típicos como o jamón (tradicional presunto ibérico bem diferente do que conhecemos no Brasil), gambas (camarão), entre outras delícias.


Nossa anfitriã superou as expectativas. A Fini foi, além de uma boa guia de turismo, uma amigona. Nos levou para conhecer cidades próximas, conhecemos suas amigas, outros lugares que aluga, nos levou para fazer comprar em mercados mais baratos e, tudo isso, sempre com um sorriso amistoso e alegre.


Também em Jerez, há muita história pelas ruas, pelas construções, nas ruínas. Esse nome, Jerez de la Frontera, se deve à época da ocupação árabe onde essa cidade era a última da parte cristã, depois era território muçulmano.


Outro evento cotidiano que gostei muito foi uma feira de antiguidades que acontece nas manhãs de domingo na ‘alameda vieja’. São muitas, mas muitas mesas (não chegam a fazer tendas) com gente vendendo coisas antigas e usadas. Creio que duas ou três vendas eram de produtos novos. Muitas peças de tudo que se imagina desde roupas, objetos de cozinha, relógios, enfeites, livros, máquinas fotográficas, filmadoras, discos, aparelhos de som, instrumentos musicais e mais uma infinidade de coisas variadas. Eu virei fã da feira.


Nesse período em Jerez conhecemos um pouco da cultura do povo da andaluzia, do flamenco, das oliveiras. Tomamos contato com a alegria dessa parte da Espanha que as pessoas distribuem nas ruas. Um lugar que indico para conhecer um pouco mais.




Mais fotos aqui!

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