A capital da Região Autônoma da Catalunha merece a fama que tem. Barcelona é realmente muito bonita. Quase tudo é diferente e tem o toque exclusivo que os artistas catalães fazem com maestria.
Começa com a organização da cidade. Ruas largas cortam o perímetro de uma ponta a outra com estações de metrô por todo o canto até os pontos turísticos mais distantes, fora dos limites urbanos . Os ônibus também são muito bons e percorrem todos os setores.
Mas a cidade... Na primeira manhã uma caminhada até a Praça da Espanha nos encheu os olhos. O céu azul com o sol radiante e a visão do Museu Nacional de Arte fez saltitar o coração. Ao entrarmos no museu ficamos boquiabertos com a majestosa presença de um dos maiores órgãos de tudo do mundo.
Ruas, calçadas, casas, prédios, ciclovias, museus, praças, as paisagens, tudo em Barcelona tem um ar diferente. A aura dos grandes artistas ainda paira no ar. Picasso, Gaudí, Salvador Dalí, Miró, entre outros estão tão presentes nas ruas quanto o futebol. Ah! Antes que sintam falta, não fomos ao estádio.
Os catalães tem um profundo senso de nacionalidade. Catalã é claro. A bandeira da Catalunha estava presente nas fachadas dos prédios, nas lojas, nas camisas, nos museus e paredes da cidade. Os letreiros, placas e outdoors estão escritos no idioma catalão que nos pareceu uma mistura de castelhano e francês. Mas quando fomos conversar e pedir informação, ao ver que éramos estrangeiros sempre falavam espanhol conosco.
Fomos conhecer o Parque Guell, projetado por Gaudí. Lugar muito interessante com suas colunas na diagonal e o jeito de acompanhar o relevo do terreno. Pegamos um metrô na Praça da Espanha que nos deixou bem próximo ao parque. Uma subida com escadas rolantes a céu aberto nos coloca ao lado da entrada. Uma caminhada com calma e admiramos uma mostra da genialidade do arquiteto catalão.
O Templo Expiatório da Sagrada Família é outro lugar que nos deixou impressionados. Não é somente um templo católico. É um templo à arte. Gaudí dedicou os últimos 12 anos de sua vida à construção da catedral. Colocou ali recursos próprios e também chegou a pedir dinheiro de porta em porta para a obra. Sim, ela está em construção ainda. Há uma torre central que, quando pronta, será a mais alta. Com isso a Sagrada Família será a maior igreja em estilo gótico do mundo.
Nos divertimos desvendando todas as figuras que estão na fachada da Natividade, projetada por Gaudí. Santana, anunciação a Maria, José, nascimento de Jesus, a Estrela do Oriente, a visita dos Reis Magos, tudo é impressionante. Com uma riqueza de detalhes e um traçado diferente. Nela há três portais: da caridade, da esperança e da fé. As torres representam os 12 apóstolos e os 4 evangelizadores.
Na fachada da Paixão há traços mais modernistas, no estilo cubista. Com cenas como o beijo de Judas, a prisão e a crucificação de Jesus.
Uma caminhada de uns 10 min nos levou à Casa Milá, conhecida como La Pedrera. Uma impressionante prédio projetado por Gaudí que mostra seu modo diferente de ver a cidade. Cheio de curvas e prédio também é cheio de detalhes.
Em Barcelona também vimos o mar pela primeira vez nessa viagem. A praia de barceloneta é bem diferente das praias que conhecemos. Bem pequena e com uma areia escura. Mas percebemos na arquitetura do lugar uma preocupação com as pessoas. Na praia há bancos ergonômicos, lugar para atividade física, ciclovia, e um mole onde ficam as pessoas que gostam de pescar.
Nos sentimos muito bem nos 8 dias que ficamos. Tirando alguns inconvenientes no local que estávamos hospedados, a cidade é muito agradável. Ficamos com o gostinho de ficar mais tempo aqui para estudar e conhecer mais da arte e cultura.
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Praça de Espanha
Museu Nacional de Arte
Fachada da Natividade no Templo Expiatório da Sagrada Família
Parque Guell
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